Aprilia RS125e

4 anos depois de ter começado a matutar numa conversão de mota para eléctrica, cheguei aqui:

Ou seja, ao inicio 🙂

Só há 2 anos é que decidi que era algo que ainda havia de fazer, e nos últimos 2 anos andei por aí a investigar e a preparar-me minimamente para atacar este projecto. Comecei a estudar electrónica de potência, vi conversões, procurei peças e tirei um curso de mecânica de motas em Cascais. Não percebia nada de mecância e essa era a parte que mais me deixava desconfortável; bom, hoje em dia ainda é, mas pelo menos sinto que tenho algumas ferramentas para lidar com a questão e já não me mete tanto medo.

O meu alvo para esta conversão é um veículo para casa-trabalho. Existem, e há mais de 4 anos, scooters eléctricas equivalentes a motas 125cc à venda cá no nosso rectângulo, mas um projecto destes é algo a que a minha mente intrisecamente técnica dificilmente consegue resistir; o desafio é aliciante demais, com electrónica e mecânica e software, o trinómio tecnológico em que assenta o avanço da nossa sociedade. Por outro lado, nunca gostei muito de scooters, nunca achei que tivessem um ar… err, fixe… A somar a tudo isto, vêm-se bastantes problemas nas scooters eléctricas que aí andam, não raramente a qualidade “chinesa” deixa muito a desejar, é tudo material um bocado “fraquinho”.

Após alguma investigação por outros projectos cheguei à conclusão que precisava de cerca de 3KWh de baterias para uma autonomia a rondar os 50Km e um motor de pelo menos uns 5KW, como um MARS ME708 ou um eTek. Hoje se calhar faria a coisa de outra forma mas… já me “comprometi”, e de qualquer maneira, vamos a ver… tenho material adquirido e agora é para ir até ao fim, mesmo que chegue lá e diga “nahhh, vou ter que trocar tudo”. Vamos a ver, vamos a ver… ainda há aqui muita experiência a ganhar, e sinceramente acho que o que mais me atrai neste projecto é o caminho.

Durante meses estive atento ao OLX até que apareceu esta mota, uma Aprilia RS125 Replica. Já a tenho comigo há ano e meio. Estava à procura de motas deste género, com carenagem para esconder bem toda a pilha de baterias – é que sinceramente, há por aí muitas conversões meio… feiotas. Podia ser uma Honda CBR125 ou NSR125, uma Yamaha TZR 125, uma Aprilia RS125 ou AF1, uma Cagiva Mito 125. Calhou esta, que até tem a vantagem de ter a corrente do lado direito – o motor que arranjei, um eTek, tem preferência por ter a corrente deste lado da mota.

A mota estava a ser vendida como não tendo CDI, o que para mim não era um problema pois aquele motor é para sair. Ainda por cima ela estava relativamente perto de casa, e não pensei muito para a ir buscar.

O meu objectivo é ainda desenvolver o controlador do motor e o sistema de gestão da mota. E fazer esta conversão Open Source… Esta mota foi carinhosamente re-baptizada RS125e.

O estado do projecto está na verdade um pouco mais avançado do que vos mostro agora só que o tempo para criar estes posts tem sido escasso, portanto o blog vai andar atrasado em relação ao estado do projecto. Mas fiquem por aí, e comentários são sempre bem vindos 🙂